Ponha a felicidade na agenda!

No recém lançado livro Felicidade S.A., de Alexandre Teixeira, a tese central é a redução, em termos relativos, do papel do dinheiro em nossa relação com o trabalho. O ponto a enfatizar é a decadência da monocultura financeira.

A corrida para comprar felicidade, pela via do consumo, está na origem da epidemia de infelicidade dos últimos anos. Estima-se o custo da crise de desengajamento em US$ 300 bilhões anuais, só nos Estados Unidos, devido à perda de produtividade. Por trás do baixo engajamento, há uma crise de propósito.

Professores da escola de negócios de Harvard apontaram um caminho quando escreveram que o significado é a nova moeda. O desafio, em parte, é reverter a tendência, radicalizada nas últimas décadas, de transformar toda tarefa interessante em algo que se faz por dinheiro. Há até um nome técnico para esse fenômeno: Efeito Superjustificativa.

Imagem: Internet

Metas e bônus estão na berlinda. “Frequentemente tratamos nossos funcionários como ‘cachorros de Pavlov’: se lhes dermos incentivos financeiros adequados, podemos conseguir que façam qualquer coisa”, disse recentemente o consultor em inovação Gary Hamel.

Está em curso nos Estados Unidos uma disputa que vai reverberar com força por aqui: Wall Street versus Startups. Wall Street, que por décadas atraiu os melhores e mais brilhantes jovens profissionais, enfrenta hoje uma crise de recrutamento. Uma enquete de 2011 com 6,7 mil jovens profissionais listou Google, Apple e Facebook como os locais de trabalho mais cobiçados. O banco mais bem colocado no ranking, JP Morgan Chase, ficou em 41º lugar. Em 2008, 28% dos formandos de Harvard optaram por um emprego em finanças. Três anos depois, esse número já havia caído para 17%.

Jovens ambiciosos e bem formados ainda querem – e continuarão querendo – ser bem remunerados por seu trabalho. Na cultura organizacional contemporânea, porém, querem também um propósito para o que fazem. E, no sentido mais amplo da expressão, a sensação de que podem mudar o mundo. A mensagem, portanto, é: use recompensas financeiras e bônus sim – mas com moderação.

Fonte: Endeavor Mag

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