Ead

O ensino superior à distância ganha terreno

O ensino superior a distância (EAD) já representa 26% da educação superior no país. E, apesar de ainda despertar muitas dúvidas, não deve parar de crescer. É o que mostra uma pesquisa divulgada pelo site de educação Porvir.
Os números revelam que o mercado cresceu muito nos últimos cinco anos. Primeiro, porque ainda existe um número pequeno de instituições que têm a permissão para ofertar cursos a distância no Brasil. Segundo, porque há uma demanda clara de pessoas que precisam de flexibilidade e preços mais baixos.

Segundo o site, das 15 milhões de pessoas que estão fora da universidade no país, 67% só podem comprar educação superior no preço de EAD. A redução de vagas de programas como o FIES (Financiamento Estudantil do Governo Federal) faz a demanda por EAD crescer ainda mais, com a possibilidade de superar a oferta de cursos presenciais em alguns anos. O estudo prevê que, em 2023, o ensino superior a distância já corresponda a 51% do mercado.

A pesquisa apresenta uma amostra da região de Ipojuca (PE), onde 36 mil jovens têm o ensino médio completo, mas 64% só teriam como arcar com o curso superior de mensalidade até R$ 500. A existência de uma grande demanda se confirma quando se constata que no Brasil existem mais de 3.800 municípios com o mesmo perfil.

Apesar dos preços de EAD serem mais acessíveis, esse não é o principal atrativo para o estudante escolher o curso. O levantamento aponta que 61% consideram mais relevante o fato de poder estudar quando e onde quiser. O perfil do aluno que opta pelo ensino superior a distância explica bem esse resultado, já que 41% têm entre 31 e 40 anos e 87% trabalham fora. Os hábitos dos estudantes também foram mapeados: 90% estudam de casa, 58% sozinhos e 62% à noite.

Para especialistas em educação, um dos maiores desafios ainda é a formação dos professores. As faculdades ainda preparam para a educação presencial. É natural que ainda encontrem dificuldades como tutores e até na elaboração de conteúdos para cursos a distância. O segundo maior desafio seria o de migrar do preço para a qualidade. Hoje a competição é por quem vende mais barato, mas acredita-se que, em breve, o Brasil terá uma competição por quem tem os melhores cursos.
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