Happy Office Worker In Wheelchair

Mais inclusão de pessoas com deficiência no mercado

De acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui mais de 45 milhões de pessoas com deficiência, o que representa cerca de 24% da população. Porém, no mercado de trabalho elas são apenas 0,9% do total de carteiras assinadas. Este panorama não é visto apenas no mercado brasileiro, mas no mundo todo.

Professores das universidades de Rutgers e de Syracuse, nos Estados Unidos, lideraram recentemente uma pesquisa que mostrou que profissionais com deficiência têm menos chance de serem selecionados para uma vaga, mesmo quando têm a qualificação desejada pela empresa. Para comprovar esta tese, eles enviaram currículos fictícios com a experiência profissional necessária para mais de seis mil vagas de emprego abertas na área de contabilidade. Junto a eles, foram enviadas cartas de apresentação dos candidatos – um terço não mencionava deficiência alguma, um terço dizia que o profissional tinha uma lesão na coluna vertebral e o resto citava síndrome de Asperger. As duas deficiências foram escolhidas pelos pesquisadores por não impactarem as habilidades necessárias para o trabalho de contador.

Apesar de os níveis de experiência descritos pelos profissionais serem iguais, os currículos que mencionavam alguma deficiência receberam 26% menos interesse dos recrutadores do que os outros. O tipo de deficiência não alterou as chances de contratação, mas o interesse nos profissionais com deficiência foi ainda menor entre vagas mais seniores.

O estudo foi publicado pelo Departamento Nacional de Pesquisa Econômica dos EUA. O país não possui uma lei de cotas como a brasileira, que exige que empresas com mais de 100 funcionários destinem de 2% a 5% das vagas a profissionais com deficiência. Um levantamento recente mostra que a grande maioria deles (80%) considera que o cumprimento da lei é o principal fator para contratar pessoas com deficiência. Ter o perfil adequado para a vaga foi citado por apenas 9%.

Uma pesquisa feita no Brasil por grandes consultorias indicou que 62% dos trabalhadores com deficiência disseram já ter passado por problemas. Desse percentual, a maioria reclamou de falta de oportunidade (66%). Em seguida estão: baixos salários (40%), ausência de plano de carreira (38%) e falta de acessibilidade (16%). Quatro em cada dez pessoas com deficiência já sofreram algum tipo de discriminação no ambiente de trabalho. Desse total que admitiu ter sido discriminado, 57% disseram que foram vítimas de bullying. Outros 12% relataram encontrar dificuldades para serem promovidos, enquanto 9% contaram que já passaram por isolamento e rejeição do grupo.

Dos profissionais com deficiência, 96% acham importante que os gestores sejam treinados para trabalhar com as diferenças. Para especialistas, essa resposta é muito relevante, já que é do gestor a responsabilidade de desenvolver o profissional com deficiência, as cobranças e a orientação de carreira, para que ele trilhe oportunidades dentro da organização. Por outro lado, muitos gestores têm dúvidas em relação à gestão de profissionais com deficiência, por não terem familiaridade com o tema. Levar informação e desenvolver esse líder para gerir pessoas com deficiência é necessário para o resultado do negócio.

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MSA RH aborda no blog assuntos de interesse do mercado de trabalho e procura divulgar informações relevantes para os leitores, englobando temas do ambiente corporativo, como carreira, negócios e recursos humanos. É importante frisar que todos os dados e pesquisas apresentados neste espaço são de responsabilidade de fontes confiáveis, como institutos de pesquisa e veículos de comunicação de reconhecimento nacional e internacional.

O objetivo é, portanto, traçar um panorama imparcial sobre o universo profissional e gerar discussões sobre temas atuais e essenciais não só a quem vivencia o meio de RH, como a todos os profissionais brasileiros. Seja bem-vindo e contribua sempre com seus comentários, opiniões e sugestões!

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