Cultura faz a diferença

Os responsáveis pelas áreas de seleção das principais empresas do Brasil são unânimes em apontar uma falha grave na formação dos profissionais brasileiros: a falta de cultura. A crítica vale tanto para jovens trainees quanto para executivos que já ocupam cargos de liderança. Falta conhecimento de história, geografia, pintura, música e literatura. Especialistas em Recursos Humanos reforçam que as empresas precisam de gente culta, já que é o nível cultural que melhora a capacidade de diagnóstico, de entender rapidamente contextos complexos e de fazer julgamentos. Não é à toa que as escolas de administração europeias (que sempre lideram os rankings internacionais de qualidade) oferecem cada vez mais cursos que discutem pintura, poesia, filosofia, antropologia e história.

A origem do problema pode estar nos cursos de graduação, que despendem muito tempo ensinando técnicas e práticas de gestão, modelos de análise e decisão e novas técnicas de marketing e de finanças e nada de cultura, como se este aspecto fosse menos importante. De qualquer forma, o ensino fundamental também é carente de temas importantes para a formação cultural dos alunos.

Os executivos mais experientes já sentiram o drama e correram para sanar o desvio de formação. É o que explica o sucesso de instituições que oferecem, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, uma extensa lista de cursos que vão da psicanálise à geopolítica, com alta frequência de homens de negócios.

desenvolvimento cultural é um projeto individual, onde precisa-se estabelecer o próprio plano e algumas metas, como adquirir hábitos periódicos de leitura, ir a museus, concertos, frequentar cursos. Além de aumentar a capacidade analítica, a cultura é um grande diferencial competitivo. Apenas falar inglês não vai fazer a diferença.

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