O encontro de gerações

De um lado, um jovem ávido por novidades, extremamente impulsivo que não pensa duas vezes em mudar de empresa se não se sentir valorizado. Perto dele, outro funcionário, com mais de 30 anos de companhia, mais conservador, que costuma respeitar a hierarquia e pensa em plano de carreira. O primeiro faz parte da geração Y, que congrega indivíduos nascidos entre 1979 e 1991 e que cresceram sob a influência direta da internet – os “nativos digitais”. Seu colega de trabalho é da geração X, abrangendo nascidos entre 1960 e 1978.

Segundo artigo publicado na Revista Época, essa diversidade é fundamental para o crescimento de qualquer empresa, desde que ambos estejam pensando em um objetivo em comum. Alinhar essa direção e fazer com que as diferentes gerações se ajudem é o maior desafio das empresas nos dias de hoje. E a melhor maneira de diminuir a distância entre funcionários com perfis diferentes é usar a experiência como oferta. A geração X pode auxiliar na capacitação ou no aperfeiçoamento de um projeto que os nativos digitais estejam participando. O mesmo movimento vale para um indivíduo da geração Y, que pode passar seus ensinamentos tecnológicos e mostrar como essa ferramenta pode auxiliar no dia a dia do colega.

Outra atitude importante é estabelecer um diálogo. Os jovens da geração Y têm necessidade de receber feedback por parte da empresa e, como são ansiosos, querem ter esse retorno a cada mês ou a cada projeto executado. O funcionário da geração anterior pode reduzir essa ansiedade do outro com algumas dicas ou trocando experiências. Se o chefe do nativo digital é da geração X, ele deve explicar o que deseja do funcionário para aquele projeto ou tarefa, quais são os limites, o prazo e, sobretudo, como funciona a empresa. O que para a geração X poderia ser algo óbvio – a questão da hierarquia dentro de uma empresa ou regras de conduta -, para os da geração Y nem sempre é assim.

A presença de jovens na faixa dos 20 anos trouxe um frescor para as companhias. O espírito Y estimula o questionamento, a agilidade nos processos e a quebra de paradigma, o que trouxe reflexão à geração X. Eles querem ensinar, mas perceberam que também precisam aprender. E, por isso, começaram a estudar novamente.

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