Group Of Business People Having Board Meeting Around Glass Table

Nível de confiança nos CEOs

Recentemente, uma pesquisa internacional revelou que a credibilidade nos negócios, instituições, governos e ONGs está desaparecendo em muitos países. E a perda de confiança nos CEOs, especificamente, é uma tendência em crescimento ao redor do mundo.

O estudo, comandado por uma empresa de comunicação, mostrou que apenas 37% da população de 28 países diferentes acreditam nos principais executivos das empresas, levando em consideração dados coletados no início deste ano. Este número é 12% menor em relação a 2016 e chegou ao índice mais baixo desde o início da pesquisa, há 17 anos.

Segundo a Forbes, que noticiou o resultado do levantamento, no Japão, o percentual é ainda mais crítico: apenas 18% das pessoas confiam nos CEOs das empresas localizadas no país, o menor número de todo o relatório. Na Alemanha, Itália e Reino Unido, o índice também é baixo: 28%. Os Estados Unidos também apresentam uma porcentagem ruim, de 38%.

Já o Brasil é o segundo país onde as pessoas mais acreditam nos seus CEOs, com 48%, vindo logo depois da Índia, a líder do ranking com 70%. A China é o terceiro lugar, com 44% de confiança das pessoas nos principais executivos de suas empresas.

Segundo o relatório, entre as coisas que mais danificam o quadro de confiança para líderes do setor privado estão pagar propinas, além de oferecer bônus muito grandes aos executivos, fugir de impostos e reduzir a qualidade de produtos para reduzir custos.

De acordo com os dados globais, os CEOs não inspiram confiança nem mesmo ao falar de assuntos relacionados à estratégia da empresa que presidem. Outros funcionários são considerados mais confiáveis para informar sobre resultados financeiros, desempenho operacional, práticas de negócios, esforços para inovação e assuntos relacionados ao mercado do que CEOs e outros executivos seniores. Estes, por sua vez, detêm um pouco mais de confiança do que os presidentes.

Segundo a análise de especialistas, a explicação pode estar no fato de que, em tempos turbulentos social, econômica e politicamente, empresas, governos, imprensa e até ONGs acabam encarando os mesmos desafios: a desconfiança é generalizada e a culpa das crises é de todo mundo.

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