A abolição da hierarquia

Na maioria das empresas tradicionais, acredita-se na eficácia de uma gestão altamente baseada na disciplina, o que as faz adotar uma estrutura engessada. No entanto, muitas organizações atualmente consideram que este modelo, baseado em uma hierarquia rígida, está tornando-se obsoleto. Isto porque acreditam que o excesso de burocracia no ambiente empresarial desmotiva os funcionários e limita a criatividade deles. Na opinião de muitos gestores, o modelo conservador faz com que pessoas arrojadas se adaptem a uma série de regras engessadas, fazendo com que muita imaginação e iniciativas criativas sejam desperdiçadas.

 O professor inglês Gary Hamel, importante especialista em gestão, defende que o comportamento das pessoas mudou bastante com o surgimento da internet. Por estarem o tempo inteiro conectadas e expostas a informações de todas as partes do mundo, há um grande impacto na forma como trabalham e nas expectativas que têm em relação a cargos e funções, já não se contentando em apenas receber ordens e executá-las de forma automática. Agora, o profissional deseja sentir-se responsável pelo negócio e empreendedor dentro da organização.

Algumas empresas mais antenadas já revolucionaram a maneira como lidam com os colaboradores. A WL Gore & Associates, gigante americana do setor de tecidos, por exemplo, foi ousada e aboliu a hierarquia. Lá não existem diretores, superintendentes e gerentes, mas líderes que são eleitos pelos próprios funcionários. Além disso, eles mesmos decidem em quais projetos aplicar recursos, o trabalho em equipe é bastante valorizado e os colegas também avaliam uns aos outros.

Em meio às discussões sobre as melhores formas de gestão, o que vários profissionais e um número cada vez maior de empresas concorda é que a falta de hierarquia, quando bem fundamentada, faz com que os funcionários comprometam-se mais com a cultura e os resultados da companhia. E se é uma verdade compreendida por todos a de que funcionários envolvidos e inspirados a dar o melhor de si são mais produtivos, pode ser válido desenvolver e testar novos recursos gerenciais.

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